segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

100 ANOS DE CATARINA RAMOS DA ANUNCIAÇÃO

 Há 100 nascia minha avó Catarina Ramos da Anunciação. Segundo ela, foi no dia 23 de fevereiro de 1923 que ela veio ao mundo. Nascida em Conceição do Jacuipe, interior da Bahia, foi uma mulher que soube educar bem seus filhos e filhas, entre eles a minha mãe. Poderia hoje ser um dia de festa mas já faz uma década que ela partiu. Mesmo assim não pude deixar de marcar essa data do centenário de seu nascimento. Permanece em minha memória a figura dessa pequena grande mulher conhecida como Dona Santinha ("Mãe Santinha" para os netos) que nos deixou muitas saudades.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Memórias de minha mãe

 Minha mãe tem uma memória invejável. Lembra de muitas coisas e pessoas da época em que morou em Conceição do Jacuípe. Gosto muito de estimulá-la a contar suas lembranças pois sei que faz bem para a sua saúde mental. Durante uma conversa ela trouxe alguns nomes interessantes e que resolvi publicar aqui. quem sabe algum conhecido destas pessoas se identifiquem nestas memórias. E assim ela conta que...Sinésio, pai de Zélia Uzeda (foi colega de escola da minha mãe). Antonio Panta foi esposo de Nair Magalhães (ambos já falecidos) e ambos foram os pais de Gecie e Márgara (apelidada por Soninha. Seu Zé de Candido era filho de Vitoriana e irmão de Manezinho. Ze de Cândido casou com Dona Vitória e os dois viveram na Fazenda Lage. Do casamento deste dois nasceram Antonio, Maria José (também estudou com a minha mãe), Maria Raimunda (apelidada por Moça), João, Júlio (apelidado por Miudinho), Salomão (apelidado por Salú) e Raimundo. O Senhor Bacildes era o dono da Fazenda Belmont, e este foi pai de Norma, Neuza, Nilda, Noé e Sônia. Dolina era tia de Eunira, e Eunira tem um irmão chamado Inácio (apelidado por Inacinho). João Pimentel (conhecido como João do Feijão) foi prefeito de Conceição do Jacuipe. Segundo a minha mãe, ele foi um bom prefeito. Ele foi casão com a senhora Dalva de Macrino. Macrino era um dos fazendeiros da cidade.


sábado, 12 de janeiro de 2019

Minha avó paterna e a seca de 1932

O Nordeste sempre foi lembrado pela seca. Meu pai conta que a em 1932 houve uma seca braba que afugentou muita gente pelo Nordeste. Várias páginas na internet poderão apresentar melhor esta afirmação (especialmente a que ocorreu no Ceará com o campo de concentração nesse estado). Minha avó nasceu na cidade de Rui Barbosa-BA, e ainda adolescente viajou muitos quilômetros à pé em caravana para fugir da seca. Saindo dessa cidade passou por Mundo Novo, até chegar em Itapetinga. Mas antes também passou por Itambé. A seca era tanta que conta-se que até corpos de gente havia pelo caminho. Lembra da cena triste de uma criança amamentando no corpo da mãe. Teve ajuda de um fazendeiro, filho de seu Janú, que era pai de Ariomar (?). Em 1951 também teve uma seca e nessa época estavam em Itapebi (ma época se chamava Areia Branca). Lembra que a forme era tanta que meu avô chegou a cavar para achar mandioca e com essa raíz preparou a refeição, porém era mandioca das brabas que acabou fazendo Raimundo e Deni desmaiarem.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Medidas agrárias com meu pai

Como um típico homem do campo, meu pai de vez em quando relembra o que aprendeu quando vivia na zona rural. Durante uma conversa ele me explicou como era medido uma "tarefa" e uma "braça": a primeira medida ele multiplicou 20 cm x 30 cm (= 600 cm) ou seja, 6 metros. Daí pegamos estes 6 metros e somamos mais com 30 metros (fica 36 metros). 36 m x 36 m = 1296 metros quadrado. Ou seja uma tarefa de terra equivale a mil duzentos e noventa e seus metros quadrados. Já a segunda medida (braça) era usada pelos conterrâneos dele ao medir com o braco levantado da maior pessoa que tivesse. "Uma vara" era a distância entre o pé e a ponta dos dedos de uma pessoa de pé e com os bracos levantados. Outra medida usada era o "alquero" (alqueire), mas em alguns lugares do Brasil as medidas não são iguais. 

sábado, 10 de novembro de 2012

Parabéns Alex e Laís

Venho parabenizar através desta postagem o casal Alex e Laís pela linda festa de noivado que aconteceu na noite de ontem. Parentes e amigos dos noivos estavam muito alegres por mais um passo dados pelos dois. Pastores das congregações aos quais participam deram sua mensagem e uma benção especial a esta nova família que está se formando. Também as mães de cada um expressaram os seus desejos de felicidades. Como de costume em festa como esta, o noivo pediu publicamente a mão noiva sob a permissão da mãe dela. Dois casais jovens apresentaram uma linda coreografia que abrilhantou ainda mais a festa. Peçamos a Deus que ilumine a todas as nossas famílias, em especial ao casal Alex e Laís para que sejam sempre unidos no amor de Deus.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nascimento dos gêmeos (contexto)

CONTEXTO HISTÓRICO
Os gêmeos nasceram durante a Ditadura Militar que foi o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar. Em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. A família já residia desde abril de 1975 no bairro de Sussuarana. Quando deu à luz aos gêmeos Renata e Renato, Bernadete tinha 29 anos e Raimundo tinha 34 anos. Nascemos em 29/05/1978, no Hospital Ana Nery. O prefeito em exercício era Manoel Castro. O governador do estado era Antonio Carlos Magalhães e o presidente do país era o general Ernesto Geisel (1974-1979). A população não tinha tanta informação como hoje e como era um período militar e de muita repressão, a população não reivindicava as necessidades mais importantes. Raimundo trabalha de carpinteiro no Comércio e recebia o equivalente a CR$ 64 (Sessenta e quatro Cruzeiros) por hora. Bernadete era dona de casa.Não tinha na casa, água encanada, não havia esgoto, o bairro ainda estava em crescimento e com poucos habitantes e dependia de bairros vizinhos como Pau da Lima e Tancredo Neves para compra de remédios, gás e alimentos. A segurança era precária devido a pouco policiamento. Não houve nenhum fato considerado relevante nesta época em Salvador. A casa tinha 02 cômodos que servia ao mesmo tempo como quarto, sala e cozinha. O banheiro era improvisado com tabuas, do lado de fora. No quintal havia muitos pés de frutas como jaca, carambola, goiaba, mandioca, quiabo e feijão. Sobre as despesas da família, apesar de ter seis crianças em casa os gastos não pesavam muito já que não tinha conta de água (pegava água em fontes vizinhas) e não havia conta de telefone. Os gêmeos nasceram com saúde e foram à grande alegria, pois todos queriam conhecer os gêmeos de Dona Bernadete.

sábado, 22 de setembro de 2012

Desejos estranhos de uma grávida.

Dizem que as mulheres quando estão grávidas costumam ter desejos de comer coisas estranhas e segundo o mito popular, se não for correspondida o bebê pode nascer semelhante ao que a mãe não pode comer ou então fica com a boca aberta por muito tempo como se esperasse alguma coisa. Conta minha mãe que quando ficou grávida de Cristiane e dos filhos gêmeos (eu e Renata) ela teve dois desejos inusitados: o primeiro foi de querer beber gasolina. Nessa época ela ainda morava em Landulfo Alves e quando sentia o cheiro da fumaça dos veículos que passava ali perto ela teve esse desejo, que felizmente não foi realizado. Mas quando estava grávida dos gêmeos ela conseguiu o que queria: comer naftalina. Diz ela que comeu escondido e que as bolinhas derretia na boca. Gracas a Deus os bebês não sofreram nada (senão eu não estaria aqui pra escrever). Pra quem está lendo esta postagem recomendamos não fazer isso de forma alguma pois naftalina é um tipo de veneno pra traças. Apesar de não nascermos alvos e cheirosos como uma naftalina, felizmente viemos ao mundo com muita saúde.